sábado, 3 de janeiro de 2009

A Carta

Nunca me senti "à vontade" para escrever cartas. Representam, para mim, um sinal de grande distância eterna... Um silêncio quando são lidas... Uma incerteza do que, realmente, representam que se torna insuportável lê-las... Porém, uma carta, pode conter as palavras mais belas que não conseguimos decifrar quando no-las sussurram aos nossos ouvidos... É por isso que te queria escrever uma carta... Mas não sei como começar... Pelo inicio talvez, no entanto, QUAL é o inicio? Um simples "olá" chegar-te-ia? Talvez seja demasiado simples... E um "bom dia" banal trocado entre duas pessoas comuns? Também não... Não quero que esta carta seja banal, e NÓS não somos pessoas comuns! Então, talvez possa começar pelo fim! Talvez possa começar, então, pelo nosso único fim... Vou começar com um "amo-te"... Talvez não consiga expressar por palavras tudo o que sinto por ti, e perdoa-me por isso... Contudo, irás ter a certeza que fiz o meu melhor, que derramei lágrimas suficientes por não conseguir transmitir o quanto me és especial, que sufoquei por já não sentir o peito, que parei de escrever duas dúzias de vezes por não conseguir distinguir as letras devido às lágrimas que se juntavam nos olhos... Saberás, portanto, que és único... Não posso continuar. Desculpem.